Estêvão Contostefano
Estêvão Contostefano (em grego: Στέφανος Κοντοστέφανος; romaniz.: Stéphanos Kontostéphanos; ca. 1107-1149) foi um aristocrata e comandante militar bizantino do século XII, que esteve ativo durante o reinado dos imperadores Aleixo I (r. 1081–1118), João II (r. 1118–1143) e Manuel I Comneno (r. 1143–1180).
Vida
[editar | editar código-fonte]Estêvão nasceu em cerca de 1107, o filho do pansebasto sebasto Isaac Contostefano,[1] que serviu por boa parte do reinado de Aleixo I Comneno (r. 1081–1118), culminando em ser serviço mal-sucedido como almirante (talassocrator) contra os normandos em 1107/1108.[2][3] Ele foi o terceiro membro da família a portar o nome "Estêvão" (os dois primeiros sendo o progenitor da família e um tio paterno obscuro).[4] Em ca. 1126, ele casou-se com Ana, a segunda filha de João II Comneno (r. 1118–1143) e Irene da Hungria, e recebeu o título de panipersebasto.[1] O casal teve quatro filhos: os filhos João, Aleixo e Andrônico e uma filha chamada Irene, que casou-se com Nicéforo Briênio.[5]
A carreira de Estêvão sob João II é desconhecida, mas gozou do favor do filho mais jovem e eventual sucessor de João, Manuel I Comneno (r. 1143–1180) e é provável que esteve entre aqueles que apoiaram sua ascensão em detrimentos dos direitos de seu irmão mais velho Isaac Comneno.[6] Assim, quando Manuel I decidiu depor o patriarca de Constantinopla Cosme II Ático devido às simpatias do último com Isaac, Estêvão esteve entre os parentes imperiais que participaram no sínodo que tentou e depôs Cosme em fevereiro e 1147, com o pretexto de seu apoio ao monge bogomilita Nefão. Quando Cosme, enfurecido por sua demissão, amaldiçoou a imperatriz a nunca ter um varão, Estêvão, um homem impetuoso e nervoso, segundo Nicetas Coniata, tentou atacá-lo, mas no último momento controlou-se. Isso fez uma má impressão entre todos os participantes, mas Cosme relatadamente professou que ele logo receberia sua devido golpe como punição.[7]
No começo de 1148, Manuel lançou uma grande campanha contra Rogério II da Sicília, cujos normandos tinham capturado Corfu. O grande doméstico João Axuco assumiu o comando das forças terrestres, e Estêvão foi confiado com a frota como grande duque. A campanha foi originalmente liderada por Manuel em pessoal, mas a chegada do imperador do Sacro Império Conrado III à Constantinopla obrigou Manuel a permanecer na capital. A expedição bizantina alcançou Corfu em novembro de 1148 e sitiou a principal cidade da ilha. O cerco prosseguiu por três meses, quando uma pedra lançada de uma catapulta acertou Estêvão enquanto estava supervisionando a construção de uma máquina de cerco; mortalmente ferido, foi levado por seu filho Andrônico e alguns guardas varegues para seu navio, onde faleceu.[8]
O poeta cortesão Teodoro Pródromo e o chamado "Mangânio Pródromo".[9] Sua esposa viveu muitos anos a mais que ele, mas é desconhecido quando faleceu; certamente foi antes de 1176.[10]
Referências
- ↑ a b Varzos 1984, p. 380.
- ↑ Kazhdan 1991, p. 1148–49.
- ↑ Varzos 1984, p. 380–381 (nota 5).
- ↑ Varzos 1984, p. 295, 380–381 (nota 5).
- ↑ Varzos 1984, p. 388–389.
- ↑ Varzos 1984, p. 382.
- ↑ Varzos 1984, p. 382–385.
- ↑ Varzos 1984, p. 385–387.
- ↑ Varzos 1984, p. 387.
- ↑ Varzos 1984, p. 388.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Kazhdan, Alexander Petrovich (1991). The Oxford Dictionary of Byzantium. Nova Iorque e Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-504652-8
- Varzos, Konstantinos (1984). Η Γενεαλογία των Κομνηνών [The Genealogy of the Komnenoi] (PDF) (em grego). Salonica: Centro de Estudos Bizantinos, Universidade de Salonica. Consultado em 12 de janeiro de 2017. Arquivado do original (PDF) em 3 de março de 2016